Angelika Warmuth/Reuters

A Alemanha acabou o ano com recessão e indústria em dificuldades, além de protestos nas ruas. Guerra e inflação não ajudam

A economia da Alemanha terá fechado o ano de 2023 com uma contração de 0,3%, interrompendo o crescimento económico que se seguiu à recessão pandémica de 2020. Nesse primeiro ano da epidemia da covid-19, o produto interno bruto decresceu 3,8%. Os dois anos seguintes foram de recuperação (3,2% e 1,8%, respetivamente). Essa trajetória foi quebrada pela crise energética e pelo surto inflacionista. A forte indústria alemã teve uma quebra de 2% na produção em 2023.

A presidente da autoridade estatística federal alemã Destatis, Ruth Brand, resumiu os problemas com que o país lidou no ano passado: “múltiplas crises” afetaram o novo homem doente da Europa. Inflação (“Os preços continuaram altos em todas as fases do processo económico e puseram um travão ao crescimento económico”, disse Brand, citada em comunicado); taxas de juro altas (“condições desfavoráveis de financiamento”); e baixa procura interna e externa. Uma tempestade perfeita no coração da Europa.

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