Na cidade de Quelimane, província central da Zambézia, algumas igrejas retomaram os cultos e outras não, por falta de condições sanitárias. Das que não retomaram os cultos no primeiro dia os pastores transmitem mensagens de esperança.
Cadeiras vazias e ausência de crentes, é o que caracteriza o primeiro dia da retoma dos cultos presenciais para algumas igrejas em Quelimane, que não reúnem condições para o exercício de suas actividades.
Em entrevista a nossa reportagem alguns pastores de igrejas protestantes apelam a calma dos crentes e transmitem mensagens de esperança.
Pastor António Ernesto da Igreja Ministério Evangelho em Acção, afirma que a retoma dos cultos presenciais é resultado de orações dos crentes que amoleceram os corações dos governantes da nação moçambicana.
Pastor António Ernesto, avança que o motivo que levou às autoridades de saúde a reprovar os cultos presenciais na sua igreja é a falta de vidro numa das janelas do edifício.
Afirma ainda que o assunto foi ultrapassado e que dentro da semana os cultos presen ciais naquela igreja poderiam retomar.
“A única coisa que levou a reprovar os cultos na nossa igreja foi aquela janela que o vidro quebrou-se mas já regularizamos e dentro da semana poderemos retomar se as autoridades de saúde permitirem. Eu peço aos crentes que permaneçam na fé porque é desta forma que poderemos ultrapassar esta situação”- frisou Pastor António Ernesto da Igreja Ministério Evangelho em Acção
Outra igreja que não teve a autorização para a retoma dos cultos presenciais é a Igreja Universal do Reino de Deus na cidade de Quelimane.
Nelson David, Pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, afirma que as condições estão criadas para a retoma dos cultos presenciais e aguarda uma equipa do sector da saúde para fazer a reavaliação das instalações.
“Como consegues ver, o espaços estão etiquetados e as cadeiras bem organizadas obedecendo as regras de distanciamento físico. Que os crentes não percam a fé porque não ainda o fim de tudo mas sim o começo de uma nova era”- Nelson David, Pastor da Igreja Universal do Reino de Deus.
Já ao nível da Diocese de Quelimane, só a Paroquia Sagrada Família é a única que reúne condições estabelecidas para a retoma dos cultos presenciais.
Com um novo visual na face e novas regras estabelecidas, os crentes afirmam tratar-se de um momento impar em suas vidas se olhar pelos dias sem os cultos presenciais.
Cley Juvêncio, uma crente da Cê Catedral de Quelimane afirma que decidiu juntar-se a Paroquia Sagrada Família momentaneamente enquanto aguarda a legalização da igreja onde professa a fé.
“Eu sou crente da Cê Catedral de Quelimane. Estou aqui enquanto aguardo que a nossa igreja reúna condições para a retoma dos cultos presenciais”-frisou.
Outro crente que passou a ser activista da Paroquia Sagrada Família é Justino João, que a sua missão passa desde o controle das pessoas alistadas para o culto do dia e medição de temperatura dos que se fazem ao recinto daquela igreja.
Entretanto, o Pároco da Paroquia Sagrada Família em Quelimane, Carlos Semana, avança que a Igreja esta organizada para três cultos nos finais de semana e dois de segunda a sexta-feira.
Afirma ainda que os crentes são sujeitos a se alistarem para marcar o dia e o horário do culto para o melhor controlo com objectivo de evitar maior concentração de pessoas. “Sentimo-nos privilegiados por retomar os cultos. Neste momento, peço a responsabilidade dos crentes no sentido de não afundarmos o barco. Os cultos aqui são organizados segundo as listas que o crente é sujeito a preencher dias antes da realização da missa. As listas são preenchidas de acordo com as comunidades que vão animar a missa”-advogou.
Nesta Igreja, um total de 50 crentes autorizados passam por um processo de medição de temperatura, lavagem das mãos e desinfecção dos calçados para ter acesso ao local de culto.
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