Quarta-feira foi o dia mais longo desde que começou o julgamento do assassinato de Anastácio Matavele. Foram ouvidos 12 declarantes, dos quais sete polícias afectos à Unidade de Intervenção Rápida (UIR), um membro das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e quatro civis. O debate sobre o controlo de armamento, a forma como foram as pistolas usadas no crime foram “achadas” por um barbeiro e seu amigo e mais tarde devolvidas ao arsenal por ordens do chefe de Estado-Maior, a entrada em cena do declarante Chichongue e a revelação da declarante Esperança de que o primo Mapulasse exigiu que fosse tratado no hospital do quartel porque foi ferido em missão de serviço, marcaram a longa sessão de ontem.
No fim das audições, o Ministério Público requereu ao tribunal que fossem extraídas cópias dos depoimentos dos declarantes, justificando que houve muitas contradições com as declarações feitas durante a instrução preparatória.
Hoje, quinta-feira, o julgamento prossegue com audição dos proprietários das três viaturas danificadas e de familiares das vítimas que morreram no acidente. Amanhã, sexta-feira, é o dia das alegações finais.