O velho acordou e dobrou seu cachimbo…
Farlai ficou entre lagrimas e fumo dos deuses…
Nossas mãos eram de honra… Mas de honra quase nada tínhamos…
Quando tocaram a trombeta Farlai mandou que se unissem…
Foi o começo do fim…
O Mundo não bateu o batuque, muito menos nosso Bairro
Éramos pretos e viramos cinzentos…
Tínhamos nossa cultura e roubaram-na…
Naquele inferno…
Crianças não tinham medo da luta
Nem se escondia sangue de inocentes…
Não se omitia tristes omilias e até de dia via-se morcegos deambulando…
Era assim… Eram choros… Mas choros sem lágrimas…
Ali… Não havia piedade…
E o que resolveu Farlai?!
Juntar-se aos outros e puseram-nos mais na lama…
O que resolveu nosso manbo?
Esquartejar-nos e domar nossas vidas
E mesmo se escondendo, enterraram nos mais…
Na lama… Na lama… E da lama…