O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e da autarquia da Beira, Daviz Simango,
O Presidente do Movimento Democrático de Moçambique e membro do Conselho de Estado apela ao Presidente da Republica a pautar pela transparência e seriedade nos assuntos relacionados ao endividamento publico a que o pais esta votado.
Daviz Simango, falava segunda-feira última, em conferência de Imprensa na cidade da Beira, evento que tinha por objectivo manifestar o seu posicionamento no concernente a divida pública estimada em mil milhões de dólares.
O membro do Conselho de Estado aconselha o Governo a revelar o real valor da divida para permitir que parceiros internacionais ajudem o Pais a sair da situação em que se encontra.
“Várias dívidas foram contraídas sem consentimento da Assembleia da Republica e instituições financeiras do Pais, os moçambicanos estão sujeitos a pagar uma divida que em nada os beneficia”-disse.
Advogou que Moçambique precisa urgentemente de resgatar a confiança dos credores através da divulgação da divida real publica num processo bastante transparente e serio. Um dos fóruns para que esse debate público seja frutífero é Assembleia da Republica, a casa magna do povo em que estão representados todos os moçambicanos.
Defendeu que a falta de transparência e coerência na gestão da coisa publica de que o País foi alvo pode resvalar na insustentabilidade da divida. O Estado Moçambicano deve trabalhar com honestidade, legalidade transparência e seriedade com os doadores e organismos internacionais para sustentabilidade da divida.
É necessário investigar outras dívidas para que os moçambicanos não venham ser surpreendidos com novos empréstimos mal explicados. Todo o cidadão tem direito de saber quanto o Pais deve, a quem deve e para que finalidade foi usado o valor da divida.
Para a nossa fonte, este é um exemplo da falta de transparência e coerência na gestão do erário público.
Em consequência das várias dívidas mal esclarecidas diversos investidores, parceiros e doadores perderam confiança no Governo de Moçambique.
A título ilustrativo, o Fundo Monetário internacional (FMI) cancelou a segunda parte do empréstimo no valor de 283 milhões de dólares que Moçambique havia solicitado.
Recorde-se que, o Pais ainda não tem capacidade para produzir dinheiro suficiente para o orçamento do Estado, ou seja para pagar funcionários públicos, construir mais escolas, hospitais e garantir a expansão de serviços básicos de qualidade aos cidadãos.
O Pais tem recorrido ao endividamento público estrangeiro, doadores e outros organismos financeiros como o Banco Mundial, Fundo Monetário internacional para arrecadar receitas que possam cobrir as despesas do orçamento do Estado.
Actualmente, Moçambique vive uma crise financeira sem precedentes aliada a agudização de preços de produtos alimentares e artigos diversos, para além da depreciação do Metical face ao dólar. (RIZIQUE ZACARIAS)